
Achando pouco, locou ao mesmo aliado - e pagando uma bagatela de R$ 3 mil - uma ambulância que nunca carregou um paciente sequer. Já os prédios dos Postos de Saúde da Família - 16 no total - funcionam em casas pertencentes a vereadores e políticos da corrente do prefeito, com aluguéis que variam de R$ 600 a R$ 1,5 mil. Nas informações que já foram levantadas foi encontrado até um coveiro-marajá, que embolsava R$ 4 mil de salário.
Toinho adoçou a boca também de um parente próximo com o aluguel de um pequeno imóvel pelo valor de R$ 10 mil ao mês e que servia apenas para um anexo de uma escola. Um automóvel do modelo Gol, ano 99, foi alugado ao município por R$ 1 mil/mês. Foi identificada ainda uma firma de material de escritório fornecendo notas à Prefeitura como se tivesse vendendo pneus.

Em Santa Cruz, a Saúde está na UTI. O prefeito Edson Vieira, que tomou posse sem as chaves da administração pública e teve que arrombar as fechaduras, só há uma ambulância em funcionamento. Há mais duas do SAMU, mas que não estão em operação. Pilhas de medicamentos com vencimento no ano de 2010 foram encontradas no estoque da Secretaria de Saúde.

A maior escola do município, com capacidade para 1,5 mil alunos, não tem água nas torneiras. A principal praça pública da cidade, localizada em frente ao prédio da Prefeitura, utilizou por muito tempo um “gato”, uma rede de desvio de água. Tão logo a Compesa identificou mandou cortar.
No último ano de sua gestão, o ex-prefeito promoveu verdadeiros trens de alegrias de servidores públicos, tendo demitido, ao final do mandato, mais de 600 pessoas. Hoje, apesar de Santa Cruz do Capibaribe ter uma população beirando os 100 mil habitantes e ser o maior centro de sulanca do Nordeste, arrecada apenas R$ 500 mil por mês.

ROMBO
Da mesma forma como ocorreu em Toritama, os computadores que faziam o controle fiscal da Prefeitura de Santa Cruz ficaram sem memória. Por isso, o rombo deixado pelo ex-prefeito ainda é um grande mistério. Vieira diz ter recebido informações de um passivo, hoje, em torno de R$ 6 milhões, incluindo fornecedores.

O lixo, encontrado em todas as partes da cidade, passou a ser recolhido porque o prefeito fez um apelo ao dono da empresa responsável, que tem a receber mais de R$ 1 milhão dos cofres municipais. Das 63 licitações feitas pelo ex-prefeito, 47 se deram através de cartas convite.

Blog do Magno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário