Há quem
questione a legalidade de se transformar corrupção em crime hediondo.
Estes certamente não devem enxergar as consequências do ato,
limitando-se a observar, superficialmente, apenas o fato isolado. Pois
na outra ponta da corrupção está o doente que não consegue vaga em
hospitais, está a criança que fica sem o remédio, está o idoso que fica
sem assistência.
A corrupção
pode, sim, causar um estrago muito maior do que o não menos grave
desfalque aos cofres públicos. Mas há ainda outra questão a ser
debatida: não apenas o corrupto deve ser penalizado, mas sobretudo o
corruptor. É ele que, em boa parte dos casos, toma a iniciativa. É ele
que, quase sempre, mais se beneficia com o crime. E é ele que, de mãos
dadas com o corrupto, sangra os bens e a dignidade do país. (Do Informe
JB)
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