quinta-feira, 6 de junho de 2013

Brasil terá política para resíduos sólidos até 2014



Vamos fazer nossa parte é hoje compareça veja dados sobre o tema;


 


 
Se a reciclagem do lixo seco é considerada um negócio consolidado no Brasil, a utilização dos resíduos orgânicos ainda tem muito o que crescer. Segundo o Instituto Brasil Ambiente, a aplicação do lixo orgânico do país na geração de eletricidade poderia resultar em uma capacidade de 4.000 MW, equivalente a mais de 200 mil geradores eólicos (conjunto turbina-gerador de 1,5 KW) ou mais de 200 pequenas hidrelétricas (PCH de 20 MW).
O país até que tem planos para transformar o seu lixo em dinheiro. Até o fim de 2014, entra em vigor a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que tem como principal objetivo justamente garantir que todos o lixo — seco e orgânico — receba o destino correto, reduzindo impactos negativos ao ambiente e gerando recursos para o país.
Mas, enquanto a teoria não se transforma em medidas práticas, os mais variados setores de atividade econômica tentam como podem obter os melhores resultados possíveis com a utilização de seus resíduos. Nesse processo, segundo o gerente de conteúdo e metodologia do Instituto Akatu, o cidadão desempenha uma missão fundamental:
— Procuramos um processo de conscientização do consumidor em que ele perceba o papel que tem em cada uma das etapas do consumo, desde o momento em que está em frente à gondola até a hora de fazer o descarte correto da embalagem no pós-consumo.

RAIO X DA RECICLAGEM

Alumínio tem os maiores índices de reaproveitamento no país:

ALUMÍNIO


Mais valorizado entre os resíduos jogados no lixo, o alumínio tem no Brasil um índice de reciclagem de 98,3%, o maior do mundo. Segundo Carlos Roberto Morais, coordenador da Comissão da Reciclagem da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), o valor gerado pela reciclagem do metal resulta em uma movimentação de R$ 600 milhões anuais no Brasil.

PAPEL E PAPELÃO

Conforme Walter Rudi Christmann, presidente do Sindicato das Indústrias de Celulose, Papel, Papelão, Embalagens e Artefatos de Papel, Papelão e Cortiça do Rio Grande do Sul (Sinpasul), 46% do total do papel pode ser reciclado. No caso do papelão ondulado, 70% a 72% podem ser reaproveitados.
— O maior problema ainda é a conscientização da população de fazer a separação do lixo seco. Se você larga o papel junto com o lixo úmido, fica difícil de reciclar — diz Christmann.

VIDROS



O Rio Grande do Sul tem um dos maiores índices de reaproveitamento de vidro no Brasil, estimado entre 60% e 70%. O superintendente da Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro), Lucien Belmonte, explica, porém, que a análise precisa ser vista sob um ponto de vista diferente em relação a outros materiais recicláveis, uma vez que, em boa parte dos casos, o que acontece não é a reciclagem, mas o reuso.
— De tudo o que está sendo consumo, 85% não vai para o lixo, porque vai e volta, é de uso recorrente, em função de embalagem retornável.

PLÁSTICOS

Por ano, o Brasil consome mais de 500 mil toneladas de matéria-prima para a fabricação de garrafas PET. Do total, 57,1% das embalagens são recicladas — o Brasil tem o segundo melhor índice mundial, atrás apenas do Japão (77,9%). Atualmente, o Rio Grande do Sul conta hoje cerca de 120 empresas recicladoras registradas.

LONGA VIDA

Em 2012, 29% das embalagens longa vida produzidas no Brasil foram recicladas, o que equivale a um total de 65 mil toneladas. Na Europa, o índice de aproveitamento chega a 34%. Conforme Fernando von Zuben, diretor de meio ambiente da Tetra Pak, toda a cadeia recicladora desse tipo de embalagem no Brasil gera produtos finais — caixas de papelão, placas e telhas, entres outros itens — na ordem de R$ 80 milhões.

RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO

O reaproveitamento de entulhos de construção tem como impacto direto a redução da extração de pedra e areia de pedreiras e portos de areia, além de poupar aterros sanitários, rios, córregos e espaços públicos do descarte desses materiais. De acordo com Hewerton Bartoli, vice-presidente da Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon), com a utilização dos entulhos as empresas conseguem reduzir em até 30% o custo com aquisição de pedras e areias para acessos, pavimentação e terraplanagem.

ZERO HORA


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