Vamos fazer nossa parte é hoje compareça veja dados sobre o tema;
Se a reciclagem do lixo seco é considerada um
negócio consolidado no Brasil, a utilização dos resíduos orgânicos ainda
tem muito o que crescer. Segundo o Instituto Brasil Ambiente, a
aplicação do lixo orgânico do país na geração de eletricidade poderia
resultar em uma capacidade de 4.000 MW, equivalente a mais de 200 mil
geradores eólicos (conjunto turbina-gerador de 1,5 KW) ou mais de 200
pequenas hidrelétricas (PCH de 20 MW).
O país até que tem planos para transformar o seu lixo em dinheiro. Até o fim de 2014, entra em vigor a Política Nacional de Resíduos Sólidos,
que tem como principal objetivo justamente garantir que todos o lixo —
seco e orgânico — receba o destino correto, reduzindo impactos negativos
ao ambiente e gerando recursos para o país.
Mas, enquanto a teoria não se transforma em medidas práticas, os mais
variados setores de atividade econômica tentam como podem obter os
melhores resultados possíveis com a utilização de seus resíduos. Nesse
processo, segundo o gerente de conteúdo e metodologia do Instituto
Akatu, o cidadão desempenha uma missão fundamental:
— Procuramos um processo de conscientização do consumidor em que ele
perceba o papel que tem em cada uma das etapas do consumo, desde o
momento em que está em frente à gondola até a hora de fazer o descarte
correto da embalagem no pós-consumo.
RAIO X DA RECICLAGEM
Alumínio tem os maiores índices de reaproveitamento no país:
ALUMÍNIO
Mais valorizado entre os resíduos jogados no lixo, o alumínio tem no
Brasil um índice de reciclagem de 98,3%, o maior do mundo. Segundo
Carlos Roberto Morais, coordenador da Comissão da Reciclagem da
Associação Brasileira do Alumínio (Abal), o valor gerado pela reciclagem
do metal resulta em uma movimentação de R$ 600 milhões anuais no
Brasil.
PAPEL E PAPELÃO
Conforme Walter Rudi Christmann, presidente do Sindicato das
Indústrias de Celulose, Papel, Papelão, Embalagens e Artefatos de Papel,
Papelão e Cortiça do Rio Grande do Sul (Sinpasul), 46% do total do
papel pode ser reciclado. No caso do papelão ondulado, 70% a 72% podem
ser reaproveitados.
— O maior problema ainda é a conscientização da população de fazer a
separação do lixo seco. Se você larga o papel junto com o lixo úmido,
fica difícil de reciclar — diz Christmann.
VIDROS
O Rio Grande do Sul tem um dos maiores índices de reaproveitamento de
vidro no Brasil, estimado entre 60% e 70%. O superintendente da
Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro
(Abividro), Lucien Belmonte, explica, porém, que a análise precisa ser
vista sob um ponto de vista diferente em relação a outros materiais
recicláveis, uma vez que, em boa parte dos casos, o que acontece não é a
reciclagem, mas o reuso.
— De tudo o que está sendo consumo, 85% não vai para o lixo, porque
vai e volta, é de uso recorrente, em função de embalagem retornável.
PLÁSTICOS
Por ano, o Brasil consome mais de 500 mil toneladas de matéria-prima
para a fabricação de garrafas PET. Do total, 57,1% das embalagens são
recicladas — o Brasil tem o segundo melhor índice mundial, atrás apenas
do Japão (77,9%). Atualmente, o Rio Grande do Sul conta hoje cerca de
120 empresas recicladoras registradas.
LONGA VIDA
Em 2012, 29% das embalagens longa vida produzidas no Brasil foram
recicladas, o que equivale a um total de 65 mil toneladas. Na Europa, o
índice de aproveitamento chega a 34%. Conforme Fernando von Zuben,
diretor de meio ambiente da Tetra Pak, toda a cadeia recicladora desse
tipo de embalagem no Brasil gera produtos finais — caixas de papelão,
placas e telhas, entres outros itens — na ordem de R$ 80 milhões.
RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO
O reaproveitamento de entulhos de construção tem como impacto direto a
redução da extração de pedra e areia de pedreiras e portos de areia,
além de poupar aterros sanitários, rios, córregos e espaços públicos do
descarte desses materiais. De acordo com Hewerton Bartoli,
vice-presidente da Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da
Construção Civil e Demolição (Abrecon), com a utilização dos entulhos as
empresas conseguem reduzir em até 30% o custo com aquisição de pedras e
areias para acessos, pavimentação e terraplanagem.
ZERO HORA
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